domingo, 30 de novembro de 2008

Olhem quem apareceu EM Mogadouro...


Frase da noite:

Faísca: "Não há tuna como a nossa!"

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ainda o V Cidade Berço...

Reportagem vídeo da GuimarãesTV.

V Cidade Berço - Reportagem Fotográfica

Aqui ficam as fotos da tuna no V Cidade Berço, da foto-reportagem de Nuno Gonçalves para a UMDicas, e que podem ver na íntegra aqui.

É só ver com atenção e constatar: "Ele há cada cromo!!!"

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Ocarina

Se algum dia quiseres ser alguém na vida...
nunca toques um instrumento destes!!!


domingo, 9 de novembro de 2008

V Cidade Berço resumido numa pergunta.

Mas quem é que pôs viagra na comida do Belhote???

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

7 a 9 de Novembro: Invasão a Guimarães

Guimarães que se prepare, pois a Transmontuna irá participar no "V Cidade Berço", festival de tunas promovido pela Afonsina - Tuna de Engenharia da Universidade do Minho. Aproximadamente 30 elementos da Transmontuna estarão presentes na actuação de Sábado, sendo que cerca de metade irá ainda na Sexta-feira para a necessária "missão de reconhecimento" e "interacção com as nativas", já para não falar na participação na noite de serenatas. É ver-nos a "esguichar glamour"!

Podem ainda ver a reportagem vídeo aqui.

domingo, 2 de novembro de 2008

O regresso do artista!

Recebo a seguinte mensagem do Poliban:

Uma rapariga na Andrómeda chamou "labrego" ao Azeitóna. Parece-me injusto que a moça o tenha feito sem a mínima das provas.

Por isso cá estou eu para as providenciar. : )

E não se esqueçam de conferir a popular secção "Azeitónices" (Link à direita). Labrego Power!

domingo, 26 de outubro de 2008

A Praxe e a UTAD (uma breve reflexão) PARTE 3 – Da natureza, pertinência e relevância do 121º artigo dos novos estatutos

Como tinha já referido, na Parte 1, é do meu entender que o artigo 121º revela, mais do que real preocupação com a preservação dos interesses da UTAD e seus alunos, uma acção do foro político (bem oportuna nesse sentido, saliente-se).

Fosse o artigo 121º uma salvaguarda dos direitos individuais de cada aluno, independentemente do seu número de matrículas e contexto, e ninguém neste momento questionaria as intenções por detrás do mesmo. Fosse o mesmo redigido para prever severas penalizações para quem, em qualquer circunstância, se fizesse valer de uma posição privilegiada – por antiguidade ou posição na UTAD - para, por qualquer razão, deliberadamente prejudicar e/ou tirar dividendos dos alunos mais desprotegidos, e o Conselho Geral da Universidade seria aplaudido por todos. Esta omissão de intenções e falta de sinceridade revelar-se-á, a curto prazo, como um tiro no pé dado por uma instituição que deveria viver DE, PARA e A FAVOR dos seus alunos, e ser a maior preocupada com o seu sucesso e bem-estar durante os anos em que frequentem a mesma. Como os estatutos consagram - e bem, note-se - TODOS somos membros da UTAD (artigo 6º).

Dissequemos então os itens do referido artigo propostos à Tutela, dos quais o 3º e 4º foram entretanto retirados, por “sugestão” do ministério. Reza então assim o Ponto 1:

1. Os actos designados por “praxe académica” são actos e iniciativas de carácter lúdico ou festivo, estritamente orientados para a integração dos novos alunos na vida académica, dependentes da adesão livre dos que a eles queiram associar-se, e não podem, em caso algum, revestir natureza vexatória ou de ofensa de natureza física ou moral dos participantes ou de quaisquer outras pessoas, nem podem prejudicar o normal funcionamento da Universidade, impedir ou dificultar a ida dos estudantes às aulas, ou perturbar a sua participação nas demais actividades escolares.

Apesar de aparentemente inócuo e, até certo ponto, bem intencionado, este será porventura, o item que mais me preocupa, pois revela grande desfasamento entre a UTAD e os seus alunos (no respeitante ao conhecimento dos seus costumes e tradições), grande ignorância cultural e prepotência desmedida. Antes de mais, e não sendo a UTAD uma subsidiária dos “Dicionários Hoüaiss”, não cabe ao seu Conselho Geral definir, por acto “iluminado”, a natureza - e muito menos regulamentar - dos usos, costumes e tradições centenários que constituem parte intrínseca da matriz cultural nacional e cuja manifestação é da esfera privada e direito inalienável de cada indivíduo ou grupo social, transfigurando-a e descaracterizando-a por via por via estatutária. O mesmo seria válido para qualquer outra actividade que diga respeito à vida pessoal de cada cada indivíduo ou grupo. Não é menos verdade que, se o objectivo era mudar atitudes e comportamentos, o caminho adoptado foi o pior. Fosse possível incutir por decreto valores e humanismo a todos os membros da UTAD, e acredito que tal teria há muito já sido feito.

Tenho-me divertido a encontrar diferentes costumes e tradições associados à vida estudantil universitária e que possam tomar o lugar do termo “praxe académica” – ladeado por aspas na sua versão original – neste primeiro ponto do artigo 121. Rio-me quando uso “engatar caloirinhas” (não que o aprove, mas fica engraçado), “pagar copos aos caloiros”, “roubar talheres na cantina” ou “vestir as cuecas do lado de fora das calças” . Torna-se, no entanto, ainda mais interessante quando os termos são “procurar conhecer os novos colegas”, “promover o amor à academia”, “fomentar a união dos recém-chegados ao curso”, “ajudar os caloiros a fazer horários”, “arranjar apontamentos aos mais novos”, “mostrar a cidade aos caloiros”, ou “enriquecer culturalmente os novos alunos”, pois todas estas actividades fazem também parte da recepção académica aos caloiros sendo até, o seu fim último.

Outra enormidade deste item é o facto do mesmo ignorar que há já um conjunto de normas, elaboradas por alunos e para os alunos, em constante revisão e melhoramento e que regula as actividades que circundam a recepção aos novos colegas. Trata-se do Código de Praxe da Academia de Trás-os-Montes e Alto Douro que, ao contrário do artigo 121, não pretende definir um conjunto de tradições tão antigas como Praxe Académica, mas antes – com humor, ironia e inteligência - enquadrá-la no contexto da Academia Alto-Duriense, defender os interesses dos caloiros, responsabilizar os alunos mais antigos pelas suas acções e responsabilidades e prevenir a desvirtuação dos valores académicos por quem deles se quiser servir para benefício próprio.

Entendo que a instituição UTAD pretenda salvaguardar os interesses dos recém-chegados durante as atribuladas semanas de recepção aos mesmos, mas o facto de o quererem fazer unilateralmente sem consultar o Órgão Máximo da Praxe – que não é, de maneira alguma a Associação Académica – é revelador do crescente autismo da UTAD-instituição. Um dos maiores erros cometidos é julgar que se conseguem alterar comportamentos sem colaboração daqueles a quem o pretendamos fazer, muito menos se os mesmos pertencerem a elite – no melhor sentido do termo - de jovens inteligentes, dinâmicos, interventivos, cientes dos seus direitos e orgulhosos das suas tradições, como se revelaram nesta altura serem os alunos da UTAD.

Algo que o nosso Magnífico Reitor certamente não ignora – ou não devia ignorar - é que os verdadeiros defensores da Tradição Académica são os primeiros a revoltar-se sempre que algum comportamento desviante de um aluno é tido como consequência da praxe – stricto sensu – em virtude de ter sido realizada a pretexto da mesma. Então, quando os mesmos são usados como argumento pelos opositores à Praxe – lato sensu – então ultrapassam-se todos os limites, quer esta falácia seja perpetrada por políticos, jornalistas ou outros intervenientes da sociedade civil.

De certa maneira, e permitam-me alguma liberdade na comparação, esta atitude equivale a atribuir culpa ao Catolicismo como religião pelos abusos sexuais cometidos por alguns dos seus sacerdotes, apenas porque usavam batina na altura dos mesmos, porque os realizaram na sacristia (ou imediações da Igreja), ou porque justificavam os seus actos às vitimas como prática comum e fruto da “Vontade Divina”. Pela mesma razão, o facto de um polícia, com outros polícias, torturar um suspeito num interrogatório dentro de uma esquadra, não significa que toda a Polícia endosse a tortura como método, ou que se acabássemos com a Polícia acabaríamos com esta prática. Assim, argumentos como "se não houvesse Tradição Académica, não haveria praxes, ergo não haveria abusos" são absolutamente falaciosos e desonestos.

É verdade que, a pretexto da “praxe”, muitos alunos aproveitam todos os anos para descarregar frustações e revelar a sua verdadeira natureza, mascarada durante o resto do ano. Acontece, no entanto, que todos aqueles que assim procedem desvirtuam o sentido da praxe e subvertem os seus valores, acabando por alimentar concepções ignorantes e preconceituosas – oops, pleonasmo – de indivíduos que vêem a Tradição Académica, vulgo Praxe (uma vez mais, note-se o uso do “P” maiúsculo) como uma manifestação residual ou revivalista de “Estado-novismo”. Para todos esses aqui fica um breve – e, espero eu, inteligível para os mesmos – esclarecimento: praxe é Praxe (destaque à diferente capitalização de cada um dos “pês”) e crimes são casos de polícia.

Acho que me estendi um pouco na apreciação deste ponto. Vamos ao Ponto 2:

2. Nenhum estudante poderá ser obrigado a participar em qualquer acto de “praxe académica” contra a sua vontade, cabendo a toda a comunidade académica a obrigação de velar pelo cumprimento desta norma, de que lhe deverá ser dado conhecimento, no acto da sua inscrição.

Este ponto é completamente redundante, pois tal está já consagrado no Código de Praxe, e há muito que a comunidade académica vela para que seja cumprido, já para não falar que somos todos maiores, vacinados e responsáveis pelos nossos actos, inclusive os caloiros. Se alguém de alguma maneira forçar outro a agir contra a sua vontade não está, de maneira alguma, a agir dentro das normas ou do espírito da Praxe.

3. Os actos e iniciativas de “praxe académica” só são considerados como tal quando realizados no campus universitário ou nos espaços imediatamente adjacentes a instalações da Universidade, sendo expressamente proibida a sua prática noutros lugares e, ainda, no interior dos edifícios pedagógicos, nas bibliotecas, nas cantinas, nos bares e nas residências de estudantes.

Importam-se de repetir? Lembram-se do jogo de trocar o termo “praxe académica” por qualquer outra prática, uso ou costume? Pois, embora nem seja preciso, se o fizermos torna-se ainda mais evidente o modo o carácter bacoco e inútil deste ponto. Até o ministro Mariano Gago se deve ter rido à força toda com isto. Nem vou perder mais tempo a demonstrar a imbecilidade deste ponto.

4. O período em que é permitida a realização de actos e iniciativas de “praxe académica” abrange apenas o período de matrícula dos estudantes que ingressem no 1º ano, pela 1ª vez, na 1ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, e as duas semanas imediatamente subsequentes e, ainda, a data que vier a ser fixada como “dia do caloiro”.

Também não é de admirar que a tutela tenha mandado suprimir este ponto. A UTAD NÃO PODE ESTABELECER LIMITES TEMPORAIS A PRÁTICAS QUE DIZEM RESPEITO À VIDA PESSOAL DOS SEUS ALUNOS. Isto já para não falar que, mesmo dentro de portas, teriam imensa dificuldade em distinguir o que se enquadra na "praxe" ou não. Já praxei sozinho 50 caloiros durante uma tarde inteira e se alguém perguntasse a qualquer um se estava a ser praxado, todos diriam que tal era impossível, já que a praxe estava proibida no campus. Como referi, este ponto do artigo foi entretanto retirado, mas parece que até já estou a ver a seguinte cena:

Funcionário - "O Sr. está a praxar fora da época estabelecida?"

Aluno - "Se estou trajado, estou em Praxe, não acha? Tenho que ir mudar de roupa a casa?"

Funcionário - "Aha, então e o menino com cuecas fora das calças?"

Caloiro - "Porque quer saber, é algum crítico de moda?"

Funcionário - "Mandaram-no fazer alguma coisa contra a sua vontade?"

Caloiro - "Vê aqui alguma criança, alguém com problemas mentais, ou algum tipo de força exercida?" "Não somos todos maiores e vacinados?"

Aluno - "Já agora, vim do gabinete de um docente e ele negou-me direitos que me assistem, segundo as Normas Pedagógicas. Será que fui praxado?"

Funcionário - "Hem...hum...adeus, boa tarde"

Caloiro - "Adeus, boa tarde"

Aluno - “G`andas malucos, esta malta do Conselho Geral da UTAD. Então esta invenção do dia do caloiro., pá...que grande ideia! Espera...mas...o dia do caloiro não é todos os dias? Então bora lá...”

Mas, agora a sério, quem é que redigiu estes itens?

Resumindo (já que este “monólogo” vai longo), a inclusão deste artigo é, sob todos os pontos de vista, lamentável pois, ao invés de demonstrar uma real preocupação pelo bem-estar de todos os alunos e em todas as circunstâncias, é simplesmente revelador da concepção que o Conselho Geral tem dos seus alunos e do tipo de relação que entendem a UTAD dever ter com os mesmos.

Dia 10 de Novembro, o Conselho de Veteranos da UTAD pretende referendar a continuidade da Praxe na Academia Transmontana e Alto-Duriense. Quem for a favor da Praxe, vote em conformidade. Quem o não for, e depois de verdadeiramente esclarecido acerca daquilo que está a sufragar, então que goze em plenitude da oportunidade que o Conselho de Veteranos lhe proporciona e vote em consciência, pois democracia é isso mesmo.

Entretanto, vamos estar atentos, já que o Conselho Geral não se dá por vencido e pretende acrescentar um anexo aos estatutos para regular a Praxe. Só lhes posso desejar boa sorte...

A Praxe, a UTAD: uma breve reflexão Parte 2 – Da Tradição Académica e seu papel na vida estudantil

Tendo entrado no primeiro ano com uma média bastante acima da classificação mínima para esse ano lectivo (e dos seguintes) no meu curso e dispondo do mesmo curso na Universidade do Minho (sou originário de Braga), muitos me perguntaram porque razão não me mudava para lá, até porque os meus pais certamente agradeceriam o corte nas despesas inerentes ao facto de estudar longe de casa. A razão é muito simples: logo nos primeiros dois dias que passei em Vila Real me apercebi que aí iria ser feliz.

Fui feliz porque aprendi a amar minha alma mater e suas tradições, bem como a cidade onde a mesma se sedia; fui feliz porque aqui fiz amigos, criei cumplicidades e encontrei aquilo a que hoje chamo de “minha família escolhida”; fui feliz de cada vez que fui chamado a defender as cores da UTAD por todo o país - incluindo regiões autónomas - e estrangeiro, com alegria, dedicação e arte, mesmo quando a UTAD nada fazia para me ajudar nessa actividade; fui feliz porque tive a oportunidade de aprender que fora das salas de aula também se aprendia, e que há aprendizagens essenciais à vida adulta que fogem ao âmbito do ensino formal. Em suma, fui feliz porque tive a oportunidade de viver o Academismo, no verdadeiro sentido do termo.

Pelo caminho, aprendi também que até uma academia relativamente recente pode ter tradições, indo beber aos centenários costumes académicos nacionais e de outros países do velho continente.
Sendo o Conselho Geral constituída maioritariamente por académicos, surpreende-me que desconheçam tão profundamente as raízes da tradição académica estudantil portuguesa, ao ponto de as quererem ver definidas e regulamentadas por via estatutária. Talvez o facto do Reitor ser proveniente de uma colónia ultra-marina e de ter chegado numa altura em que a Tradição Académica era atacada por ser erroneamente identificada com o anterior regime o justifique. Assim sendo, e de modo muito sucinto – e evidentemente limitado ao meu parco conhecimento da matéria – procurarei contribuir para enriquecer o conhecimento desta faceta da cultura nacional.

Muitas das tradições académicas actuais tem origem nos costumes dos alunos das primeiras universidades do continente europeu, ainda na Idade Média. Já as tunas académicas em Portugal datam de finais do séc. XIX. Também o hino académico mais popular em todo o mundo, o célebre “Gaudeamus” - tantas vezes cantado em sessões solenes da UTAD - revela a ousadia, ironia e bom-humor característicos dos estudantes universitários desde a época medieval, senso a sua popularidade devida à inclusão no final da magnificente “Abertura de Festival Académico” de Brahms.

A Praxe Académica - dos termos gregos Praxis, processo ao longo do qual a teoria se converte pela prática em experiência vivida e Akadémeia, nome da escola de Filosofia de Platão, por derivação do nome do herói grego Akádēmos, cuja lápide se situava já no bosque onde se Platão a erigiu – portuguesa tem a sua origem e referência máxima em Coimbra. Factores como a idade, convivência, cultura, gosto pela tertúlia e outras idiossincrasias dos estudantes universitários conimbricenses proporcionaram a génese dum conjunto de práticas, costumes e valores que lentamente vieram a constituir esta matriz cultural que serve como factor de identificação e distinção – não confundir com elitismo - dos estudantes universitários portugueses. Assim, é a Praxe uma parte indelével da cultura portuguesa que, ao contrário de anacrónica – como muitos a pretendem classificar – enriquece a imagem de um Portugal orgulhoso das suas tradições. Assim, o (bem) trajar – factor de uniformização e esbatimento de diferenças sociais e económicas entre todos que o envergam (ou pelo menos assim deveria ser entendido e envergado) – a Canção de Coimbra, as Tunas Académicas, as Serenatas (das mais públicas às mais recatadas), a tertúlia, os saraus, os “serrotes”, as cerimónias das Queimas das Fitas, as atribuições das insígnias, os cortejos, as missas de bênção das pastas e as praxes de recepção aos caloiros constituem diferentes facetas de um só fenómeno.

Uma das confusões mais comuns reside na distinção da Praxe (lato sensu, com “P” maiúsculo) que não mais é que o conjunto das tradições académicas, da “praxe” (stricto sensu, com “p” minúsculo) como o conjunto de actividades que rodeiam a recepção dos caloiros. É de facto, muito diferente “praxar” e “ser praxado” do “estar NA ou EM Praxe”. Neste último caso, cabem todas as actividades efectuadas por um aluno praxista quando devidamente identificado como tal, isto é, devidamente trajado. Assim sendo, o acto de “praxar” é uma das facetas da Praxis, sendo que esta de maneira alguma se esgota ou limita nessa actividade, não obstante o particular destaque no “Código de Praxe” da Academia Transmontana e Alto Duriense, já que se entendeu ser a “praxe” merecedora de maior atenção e regulamentação.

O uso do traje pressupõe o respeito pelo mesmo e por todas as normas consagradas no Código de Praxe mas também, e acima de tudo, a noção de que se está em representação de toda uma Academia, à semelhança do que acontece a todos os indivíduos que no decorrer da sua actividade profissional usam uniformes que os identificam com as instituições que representam, como polícias, militares ou mesmo quiçá jogadores de futebol.

Tendo descrito sucintamente o que a Praxe, de facto, é, convém que se esclareça também o que a Praxe não é, de todo. Estando TODA a Praxe sob a regulação e supervisão do Conselho de Veteranos, as actividades académicas fora deste âmbito – incluindo as promovidas por núcleos, comissões de curso ou a Associação Académica – não constituem um acto da Praxe, excepção feita aos alunos que nelas participam trajados já que tal pressupõe, por inerência, a sujeição às normas do Código de Praxe. Assim sendo, fica claro que um traje académico não é uma fatiota para tirar fotografias ou ficar bonito na televisão. Aliás, nada obriga – antes pelo contrário – a que dirigentes associativos ou de núcleos de estudantes se apresentem trajados no decorrer da sua actividade mas antes que, se o fizerem, devem entender que se apresentam como dignos representantes e defensores da Praxe (com “pê” maiúsculo), independentemente de “praxarem” caloiros ou não. Até porque “praxar” é de optativo, assim como o privilégio de ser praxado.
Ficou também claro para os mais atentos que actividades como os concertos promovidos pela Associação Académica durante as noites Semanas do Caloiro e Semanas da Queima das Fita em nada tem a ver com a Praxe. Na verdade, estes verdadeiros festivais de rock surgiram por todo o país como uma maneira destas associações angariarem receitas durante períodos nos quais, originalmente, tinham grande destaque as Actividades Académicas, no verdadeiro sentido do termo. Ironicamente, virou-se muitas vezes o feitiço contra o feiticeiro, já que muitas vezes, ao invés de gerarem lucro, dão grandes prejuízos. Infelizmente, sendo a UTAD o principal financiador da sua Associação Académica, acabamos todos por perder.

A Praxe e a UTAD: uma breve reflexão PARTE 1 – Os novos estatutos da UTAD e o actual contexto académico e social

Tive a felicidade de ingressar na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro no já distante ano de 1998. Duas licenciaturas (pré-bolonhesas) depois e com um doutoramento em curso (noutra Universidade), continuo a acompanhar muito de perto tudo que se passa na minha alma mater, muito devido às actividades académicas - não curriculares, entenda-se - que com prazer continuo a exercer.

Após leitura atenta da proposta para os novos estatutos da UTAD, apraz-me que os mesmos proponham uma renovação efectiva, patentes na nova organização estrutural proposta (e que espero não se revelar mais "pesada" e/ou represente encargos financeiros acrescidos) assim como outras novidades, das quais destaco a criação do Provedor do Aluno, órgão que gostaria de ver implementado escrupulosamente segundo os moldes definidos estatutariamente. Tenho também estado bastante atento às mudanças que têm ocorrido na UTAD nos últimos anos, nomeadamente no que diz respeito ao crescente relevo dado às áreas das Ciências Naturais, Biotecnologias e Tecnologias da Informação, pese embora o facto de vários cursos na UTAD - antigos e recentes - carecerem ainda da aprovação das respectivas Ordens. A participação no projecto do Parque de Ciência e Tecnologia de Trás-os-Montes é também um indicador de uma estratégia virada para a inovação e de uma aposta clara em áreas em forte expansão e que tomarão um papel fulcral na nossa economia e modo de vida futuros.

Num cenário sócio-económico em constante mutação e desafios como o Processo de Bolonha; a crescente desertificação do Interior Português; o crescimento demográfico negativo; o aumento do rácio candidatos/vagas nas universidades do litoral; a falta de emprego dos recém-licenciados; o actual modelo de financiamento do Ensino Superior (e a real possibilidade de cursos com menos de 20 alunos virem a ser encerrados) ou a emergente Globalização, a UTAD apresenta-se, à primeira vista, como uma instituição ciente desses problemas e com um projecto para os encarar de frente e se apresentar competitiva face a outras universidades mais antigas e melhor estabelecidas no "mercado". Aqui fica, assim, o meu reconhecimento e louvor pelas iniciativas levadas a cabo desde que o Prof. Armando Mascarenhas tomou posse como Reitor.

Não obstante o reconhecimento aqui expresso e que, em nome da verdade e objectividade não podia deixar de destacar, obriga-me a coerência a constatar que, ao contrário do que à primeira vista se poderia pensar, nem tudo são rosas. Isto porque negras nuvens pairam sobre a UTAD, que colocam seriamente em causa a sua credibilidade e prestígio, fora e dentro de portas. Folgo em saber que fica consagrada estatutariamente a realização de auditorias externas periódicas, após a credibilidade da gestão da UTAD ter sido gravemente ferida pelos relatórios das auditorias conduzidas pelo Estado (e que colocaram a UTAD no 1º lugar das irregularidades financeiras de entre todas as instituições auditadas) e pelas acusações presentes no livro "A podridão da administração pública", cujas gravíssimas acusações a Reitoria se escusou a refutar, remetendo-se a um estranho silêncio que, no entender da maioria, apenas beneficia a quem proferiu as acusações.

É verdade que, ao longo dos nove anos em frequentei a UTAD, variadíssimas histórias de má gestão e relatos de despesismo sempre ecoaram e ensombraram os corredores da universidade. Por outro lado, tenho ouvido antigos docentes da UTAD falarem-me de situações eticamente inaceitáveis que ocorreram no passado, assim como já ouvi docentes actuais me dizerem para "fugir a sete pés da UTAD" e nem considerar a mesma para carreira futura, resultado do fosso económico que a instituição tem vindo a cavar há anos. Posso ainda testemunhar que presenciei e tive conhecimento de situações inacreditáveis levadas a cabo por funcionários - docentes e não-docentes – aos níveis administrativo, científico, pedagógico e humano.

Sendo a UTAD a única realidade universitária que conhecia, aprendi a ver facto de ter tido como docentes quatro familiares directos (pais e filhos) como uma situação normal; desconhecia ainda se a falta de qualificação de muitos docentes era prática tão comum noutras universidades como na minha ou se nestas cursos novos eram também idealizados de raiz sem os requisitos mínimos para serem aceites pelas respectivas Ordens. Indignava-me já, contudo, com o total desrespeito com que muitos docentes "contornavam" as Normas Pedagógicas – até porque muitas vezes desafiavam o que eu considero como senso comum - provavelmente apenas para poderem exercer uma suposta "autoridade" (moral? Científica? Académica?), que porventura julgavam derivar do número de classificações negativas dos seus alunos ou do simples facto de deterem um poder tão influente no futuro e vida dos estudantes. Por sorte, tive também a felicidade de ter encontrado docentes – bem como funcionários - excepcionais, quer ao nível humano, pedagógico ou científico. Habitualmente, estas três qualidades andavam sempre a par. Coincidência, porventura.

É devido a estes factos que considero preocupante o facto dos novos estatutos da UTAD não contemplarem a existência de um código de conduta nem explicitamente consagrarem como fundamentais a ética e integridade profissionais e científicas, bem como a Meritocracia como princípio basilar. Aliás, desconheço qualquer documento oficial da UTAD que o faça e é preocupante que a conduta dos membros da UTAD e a dos seus órgãos seja entregue à subjectividade da reflexão ética e matriz moral de cada um, que diferem mais de indivíduo para indivíduo do que muitas vezes estamos dispostos a admitir.

Isto leva-nos ao facto de, curiosamente, o mais próximo que os novos estatutos chegam da regulação da conduta dos seus membros - neste caso particular, apenas dos seus estudantes - é o entretanto celebrizado (e por alguns celebrado) 121º artigo, que consagra a regulamentação da Praxe Académica. Francamente, não consigo vislumbrar nele qualquer ponta de utilidade ou pertinência, se excluirmos as notórias utilidade e oportunidade políticas. A devida reflexão deste tema em particular merece o devido destaque, mas não antes de uma pequena introdução ao rico, fascinante e, ao que tudo indica, por muitos desconhecido mundo da Tradição Académica.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

E pronto!

Já está decido o lema do mui nobre e garboso Khomité. A pedido de várias famílias, dei ainda uma "polidela" ao brasão.


Aqui fica, então, para gáudio dos nossos seguidores. Com 80% dos votos...
Totus copulatum est! ("Tá tudo f....")

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Lema do Khomité: O embate final

Apurados os votos para o lema do Komithé, restam-nos dois "finalistas"

Totus copulatum est ("Tá tudo f***do")

Bibere humanum est, ergo bibamus ("Beber é humano, logo bebamos")

Façam nova votação, e ao fim de 10 dias, o lema que ganahr constará no lister do brasão.

Alea jacta est!!!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Outra música...

Como é Tunanteadores???

E cá continuo por Mogadouro POWER mais um aninho...

As saudades de Vila Real são muitas e da nossa Gloriosa TransmonTuna ainda mais... Acreditem que quando puder estar presente, lá estarei com o "Palhas"!!!

Cá por Mogadouro continuo com vício da música... Tenho um projecto com a Tuna "Os Meus Amores", Tuna do Agrupamento de Escolas de Mogadouro, passei a ser "ranchista" no Rancho Folclórico e Etnográfico de Mogadouro e em casa lá continuo com o Sexta a tocar e a relembrar as grandes músicas de 5 anos passados nessa Real Bila!

Deixo aqui aos guitarristas um video para ideias futuras de um colega meu de Educação Musical!

Arranquem Forte neste novo ano!

PS: Na serenata aí estarei :)

O brasão do khomité

Sendo o Khomité constituído por nobre casta de transmontunos, e depois da recente composição do seu garboso hino, aqui fica uma proposta para brasão de tão digna colectividade.Assim que acabar o prazo de votação para o lema do distinto Khomité, poder-se-á adicionar o mesmo ao listel.

Espero que gostem. :)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

E agora, outro tipo de festival...

Tempos houve em que Tunos e Palhuços se defrontavam anualmente numa jogatana de futebol, lá para os lados da estação... Desde que esse grande guarda-redes, de seu nome de Bezuntas, espatifou os ligamentos do joelho, não mais esse confronto teve lugar.


E uma vez que, dificilmente, isso voltará a suceder, pois a diferença de idades entre tunos e palhuços é algo que começa a pesar, proponho outro tipo de desafio:

FANTASY FOOTBALL


Para os que não conhecem, é um jogo virtual em que cada um escolhe os jogadores que quer para a sua equipa, sendo a pontuação atribuída consoante o desempenho desses mesmos jogadores na "vida real". O cenário de fundo é a Liga dos Campeões.


Quem se atrever, quem se achar capaz de tão grandioso desafio, basta clicar AQUI, seguir as instruções e depois juntar-se à liga TransmonTuliga, com o código 47082-13071.

!!! COMEÇA JÁ AMANHÃ !!!



Agora é que vai for...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O Khomité organizador de despedidas de solteiro!

Finda (finalmente) a Silly Season, e retoma este blog a sua actividade. No entanto, as hostes transmontunantes nunca cessam o seu incansável trabalho, tendo inclusive sido fundado um novo e importante organismo independente: o mui nobre "Khomité de organização de despedidas de solteiro", presido por Sir Roming (Presidente, Ditador, Déspota e Tirano), tendo como destemidos e bem-aventurados enviados in loco o Poliban e o Pudim, contando-se ainda nas suas exclusivas hostes o Bocas como ilustre embaixador do Khomité em terras de Espanha e Sir Giga à frente da delegação do Porto. O ano que se aproxima será profícuo em enlaces matrimoniais, pelo que se espero do Khomité que esteja ao mais alto nível.


Evidentemente que, sendo de cariz eminentemente académico, falta escolher um lema em latim (macarrónico ou não), e para o qual deixo as seguinte sugestões:

1. Totus Copulatum Est - "Está tudo F***do"
2. Ecce hora! Uxor mea me necabit! "Que horas! A minha mulher vai-me matar!"
3. Audio, video, disco, combibo - "Ouço, vejo, conheço, emborco!" - (Fixe nas duas linguas!)
4. In taberna quando sumus non curamos quid sit humus - "Quando estamos na taberna, não nos preocupamos com a morte"
5.Qui potare non potestis - ite procul ab his festis - non est locus hic modestis - "Quem não possa beber que saia desta festa, aqui não há lugar para os tímidos" (já sei, é comprido, mas gosto tanto!)
6. Bibere humanum est, ergo bibamus - "Beber é humano, logo bebamos"
7. Bonum vinum laetificat cor hominis - "O bom vinho alegra o coração dos homens" (Demasiado batido, talvez)
8. Si bene commemini, causae sunt quinque bibendi: hospitis adventus, praecens sitis, atque futura, aut vini bonitas, aut quaelibet altera causa - "Se me lembro bem, são cinco os motivos para beber: a chegada de um amigo, a sede do momento, o futuro, a bondade do vinho, ou outra coisa qualquer" (Ok, admito, demasiaaaaado comprido)
9. Nunc est bibendum - "Agora é altura de beber"

Qvid jvris?

sábado, 2 de agosto de 2008

Frase da Semana (passada)

O Canal Panda vai passar a chamar-se Canal Poliban!!!

by Sir Roming, o Tirano

Realmente, urso por urso...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Homenagem ao Greg

Parece que ainda foi ontem que o acolhi na minha casa, em Vila Real. O meu primeiro afilhadinho. O primogénito. O gaijo que gregoriou a mesa toda da "Portinha", logo na primeira noite sob os meus cuidados(Também queriam o quê? Nunca disse que era uma boa influência...). O garboso jovem que se fez homem, na tuna onde ainda é referência e na qual tantas vezes brilhou. E que agora casou.

Mas este post não é um epitáfio (se bem que após semelhante enforcamento...), mas sim uma sentida homenagem a um grande amigo, um companheiro de luta (e de copos) e agora também membro da nobre classe dos "engalinhados". O meu afilhadinho...

OH SHEILA...FAZ PEITO! Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...

domingo, 13 de julho de 2008

Fizeste o laço??? O Greg deu o nó... :)


Pessoal... só faltam as fotos do mergulho da noite!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Budapeste já era...estou de volta!

Depois de um interregno devido aos meus compromissos profissionais em Budapeste (não, não é esse tipo de profissionais, dessas também lá há. E muitas!), regresso ao transmontunices. Uma vez mais, se eu não posto, poucos mais o fazem. Animem-se rapazes, que o fim do ano lectivo não é o fim do mundo.

Para que se roam de inveja, deixo-vos aqui uma pequeníssima amostra de alguns monumentos desta belíssima cidade com o Danúbio aos pés (não é o Corgo, claro está, mas tive a oportunidade de fazer um belo cruzeiro nas suas águas, o que no famoso afluente do douro seria difícil...)

A primeira é dos banhos públicos, ao pé do sumptuoso parque da cidade. A ideia era lá ir ver as nativas, mas a maior parte dos utentes eram alemães que tinham barrigas tão grandes e disformes, que já não deviam ver as "partes pudengas " há muitos anos...

Já as nativas, que andam por toda a parte com roupas reduzidíssimas, dizer que em Budapeste se encontram das mais belas mulheres do mundo, será provavelmente dizer muito pouco...nunca se sabe é se se são "profissionais" ou não, mas naquele contexto, até acho que não ficarão muito chateadas se perguntarem só para confirmar. E diria o transmontuno: "afinal gostas mesmo de mim ou tenho que ir ali ao multibanco?"

A segunda é a do "Bastião dos Pescadores". Uma obra de grande valor arquitectónico mas de utilidade prática questionável.

Absolutamente incontornável é o parque da cidade, onde podemos encontrar o zoo, uma formidável disco ao ar livre com areia importada para dar o ar de "discoteca de praia", onde podemos ver o castelo, os banhos públicos, o circo (edifício permanente, onde também há concertos). Ah, e já vos disse que assisti aí a um CONCERTO AO VIVO DE CARLOS SANTANA? He he, pois é...


E temos o parlamento, claro...


E o Danúbio, que o reflecte à noite, quando todo ele fica iluminado...

E fica a pergunta: para quando a super-hiper-mega-digressão-transmontuniana à Europa Central? Hem, hum, hum? Está mais que na hora...

sábado, 21 de junho de 2008

É incrível: Sir Róming acabou o curso!!! (Ou quase, quase...)

As cadeiras estão feitas, o estágio a acabar e "Sir Róming - o Tirano" vem engrossar as fileiras de licenciados da Transmontuna. Para além disso, desconfio que este insigne engenheiro cometeu ainda a proeza de, para alem de ter acabado o curso, ter acabado COM "o curso", já que é provavelmente o último licenciado "pré-Bolonha" de Engenharia Florestal. Ou seja, não só é engenheiro, como é engenheiro a sério!!!

Já agora, já repararam que a grande maioria dos transmontunos é licenciada ou bilicenciada, pós-graduada e essas coisas? Que quererá isto dizer? Estamos velhos, há pouca malta nova, ou o quê? Claro está que é bom que desafiemos o (pre)conceito do tuno-cábula, imortalizado por Vasco Santana no "Pátio das cantigas". Tanto melhor, os cursos acabam-se, as (algumas) namoradas mudam mas a tuna permanece na nossa vida, tão forte como a amizade que a cimenta.

Mas este post é do Róming, e a homenagem é a ele endereçada. Olhemos então um pouco para a história deste transmontuno.

O Roming chegou-nos do Marco, com aquele ar perdidamente campónio e a precisar da nossa rápida e atenta intervenção.

e assim começou o nosso trabalho: ensinámo-lo a comer à mesa...


Ensinamos-lhe boas maneiras...

Instruímo-lo na arte do engate (se bem que nem sempre com os resultados desejados)...


Aculturamo-lo...
Até que, finalmente, atingimos os melhores resultados, e podemos agora dizer que temos nas nossas fileiras o melhor agitador de pau-de-chuva do universo...bom, de Portugal...ah...da tuna?


Grande Abraço!!!

Foto da semana

Insigne elemento sénior dos GAIJUS, transmontuno da geração "5 Bandidos" e entretanto emigrado para Barcelona, o Patinhas continua, no fundo, a ter exactamente o mesmo espírito evidenciado nesta foto.
E a pergunta é: quem se lembra onde foi tirada esta foto? He he, eu sei...


A ver se agora este nabo se anima a comentar, ou a pagar na mesma moeda!!!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Mais Azeitona...

O prometido é devido. A tal prova documental de que ser GAIJU não é para todos chegou, finalmente, a público.
3 horas num estúdio...
30 minutos de filmagem...
Para menos de 5 minutos de filme efectivo...
Enfim... Azeitona no seu melhor!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Gaiteiro...

É o Azeitona com o acordeão e este com a gaita...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Pandeiretas

Alguém vai começar a "detestar" este senhor... hehehehehehe

terça-feira, 27 de maio de 2008

A filosofia, a história da música e os G.A.I.J.U.S (ou "O porquê de um lema")

De todos estes anos que antecedem os “Festa Ibérica”, o último que passou foi especialmente rico em factos caricaturáveis, pelo que já se esperava não estar ninguém a salvo das mais que certeiras e delicadas bombas do G.A.I.J.U.S., desde as mais respeitáveis instituições (como a UTAD) às mais que duvidosas (como o Governo).
E assim foi. Não desiludimos ninguém na nossa missão de não deixar absolutamente ninguém a salvo do nosso humor (relativo), acutilância (questionável) ou inata capacidade para meter nojo (mais que consensual). Até porque, com excepção das tunas, das meninas jeitosas que trabalham no teatro, dos bilhetes baratos e da falta de novelas de jeito, são os G.A.I.J.U.S. a principal razão pela qual se enche todos os anos por esta altura o Teatro de Vila Real.
Surgiu então, durante o festival, e na voz de uma simpática senhora, um questão mais que pertinente (até porque neste caso calhava de eu saber a resposta): "Mas afinal o que significam aqueles dizeres no vosso emblema?"

As opções de resposta eram as seguintes:

opção a) "Não sei, mas é o que está escrito no fundo das garrafas de Super Bock"

opção b) "Se lhe dissesse, teria que a matar a seguir" (mas acho que ela não ia perceber a piada)

opção c) "Quer dizer: Quem conseguir ler isto é totó"

opção d) "De cariz marcadamente académico e cultural, os GAIJUS adoptaram o lema “Gaudeamus igitur iuvenes dum sumus”, que significa qualquer coisa como "Alegremo-nos, então, enquanto somos jovens", e que nada mais é do que os dois primeiros versos do mais antigo hino estudantil conhecido – “De brevitate vitae”, popularmente conhecido como “Gaudeamus Igitur”, ou simplesmente “Gaudeamus” - e cujas origens poderão remontar até ao séc XIII (ainda o Santo não tinha acabado o curso). Muita da fama deste hino deve-se ao facto de ter sido introduzida por Brahms no final triunfante da sua magistral Akademische Festouvertüre – ou “Abertura Festival Académico” (mais apropriado impossível) – composta em agradecimento pelo doutoramento honoris causa que lhe foi concedido pela Universidade de Breslau (quando a UTAD nos conceder os nossos, lá estaremos para compor uma ode à inconsciência de semelhante acto).
Este famoso hino estudantil foi escolhido como referência por reunir várias características em comum com os GAIJUS, como o facto de ser alegre, despretensioso, irónico, descarado, desbragado mas, e apesar de tudo, épico. Apesar das várias tentativas de supressão ou alteração da letra, para que pudesse ser entoado em cerimónias oficiais e litúrgicas, o hino original dá vivas pelas “jovens virgens, belas e fáceis”, mas também reconhece a importância das “mulheres maduras ternas, amáveis e laboriosas”.

Em abono da verdade, e porque estava cheio de pressa para ir apresentar a tuna seguinte, acabei por despachar a pobre senhora com um "Foi só para mostrar que aprendemos a falar latim no seminário". Se a senhora for frequentadora deste blog, deve estar neste momento a rogar-me pragas. A opção certa seria, sem dúvida, a d), mas não tinha tempo nem ciência para tanto, na altura.

Como compensação, cá fica um excerto da letra original deste hino, com uma tradução mais ou menos livre:

Gaudeamus igitur
iuvenes dum sumus
Post iucundam iuventutem
post molestam senectutem
nos habebit humus

Alegremo-nos, então
enquanto somos jovens
após a alegre juventude
Após a atribulada velhice
ter-nos-á a terra

<...>

Vivant omnes virgines
Faciles, formosae.

Vivant et mulieres

Tenerae amabiles

Bonae laboriosae
.

Vivam todas as jovens virgens
fáceis e formosas
Vivam também as mulheres maduras
ternas e amáveis
bondosas e laboriosas

<...>

Subscrevemos por inteiro, claro está, principalmente a parte das “laboriosas”, pois a nossa idade já impõe algumas restrições no exercício físico.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Fotos do VII Festa Ibérica ("off stage") e outras.

Embora as fotos do VII Festa Ibérica - e nomeadamente das noites de espectáculo e do "passa-calles" - ainda não me tenha chegado às mãos, aqui vos deixo alguns momentos do Festa Ibérica fora dos palcos (mas incluindo o ensaio geral da Transmontuna), misturado com algumas imagens da última deslocação ao Porto ("I LEIS E TUNAS").

terça-feira, 20 de maio de 2008

Azeitónices!

Palavras para quê? é um artista português!

"A Tocha Gaijulímpica" - Director's Cut

Ora viva!

Depois de uma realização atribulada, por motivos de ordem técnico-azeitoneira, eis que chega a público, finalmente, aquilo que era para ter sido o filme de apresentação do VII Festa Ibérica.

Brevemente, não percam também a prova documental da mítica frase "Ser GAIJU não é para todos..."

Um abraço!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

E enquanto não me arranjam fotos e vídeos...

Enquanto não me arranjam (ou colocam na net) fotos e vídeos do
VII Festa Ibérica (e doa anteriores, já agora, se não for pedir muito), aqui fica a reportagem da UTADTV sobre este evento. Atentos a pormenores deliciosos como "não sendo vaidoso, realmente, mas nós blablablabla..." e outras pérolas, como a entrevista ao Azeitóna!

Uma viagem no tempo

Enquanto não ponho as mãos aos vídeos do VII Festa Ibérica (Já não vou falar dos vídeos do I, II, III, IV, V e VI, que ainda não vi, SEUS CABALOS), aproveito para fazer uma pequena viagem no tempo. Desta vez ao VI El Açor (2004), e ao FITFEUP "Portus calle" (da participação em 2004, da de 2002 não tenho gravação, quem tiver atravesse-se à frente).

Entrada no VI El açor:


Eterna Cidade (VI EL Açor):


Mulheres (VI El Açor):


Eterna Cidade (VI El Açor):



Grito Académico (VI El Açor):


Rosinha dos Limões (FITFEUP 2004)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A propósito de uma efeméride: 25 Anos de tunas em Portugal

A propósito do 25º Aniversário da Tuna Académica da UTAD (1983-2008), que marcou também o ressurgimento das tunas académicas em Portugal, após o 25 de Abril de 1974, aproveito para fazer um brevíssima resenha histórica do movimento tunante em Portugal, tecendo também algumas considerações sobre o seu actual lugar no actual contexto social e académico .

“AS TUNAS NO PÓS-25 DE ABRIL: DO RESSURGIMENTO DE UMA TRADIÇÃO À GÉNESE DE UM MOVIMENTO“

Directamente inspiradas nas bem mais antigas suas congéneres espanholas, as tunas académicas surgiram em Portugal no final do séc. XIX, nomeadamente no Porto, Coimbra e Lisboa. Com um repertório eclético e marcadamente clássico, fizeram várias digressões pelo país e por Espanha. Embora a sua história não esteja documentada ao pormenor, sabe-se que houve períodos de intermitência na sua actividade, o que não é de estranhar se considerarmos as conturbações do século XX em Portugal e no Mundo.

Um período negro para as tunas, assim como para toda a tradição académica, ocorreu durante os anos de maior constestação ao antigo regime nas universidades. Acusados de elitistas e de apoiantes do Estado-Novo, os académicos foram injustamente perseguidos (e inclusivamente agredidos) durante os quentes anos pós-revolucionários, o que teve uma influência directa na actividade e sobrevivência dos grupos académicos.
No entanto, lentamente, as tradições académicas começaram a ressurgir e, sobretudo no norte do país (com especial destaque para a academia portuense) - alguns alunos começaram novamente a envergar orgulhosamente o traje académico e as respectivas associações académicas iniciaram ou retomaram a sua actividade. No dia 11 de Maio de 1983, nasce a Tuna Académica da UTAD, depois seguida - temporalmente, mas não a nível causal - a Tuna Universitária do Porto, Estudantina de Coimbra (na altura, a única masculina) - estas duas inspiradas por grupos homólogos das suas academias mas entretanto extintos - e Tuna da Universidade Internacional (Lisboa). Inesperadamente, dá-se um surpreendente boom no decorrer dos anos 90, durante os quais são fundadas a grande maioria das tunas actualmente existentes, bem como muitas outras entretanto extintas. Nesta década começaram as tunas a definir de modo individual a sua identidade musical, começando também a definir-se as ditas correntes estilísticas tunantes. Surgiram ainda as tunas femininas, criadas de raíz ou resultantes da reestruturação de tunas mistas, como aconteceu, aliás, com algumas das actuais tunas masculinas.

Com a crescente massificação do acesso ao ensino superior, o surgimento de novas universidades privadas (e o apoio dos seus órgãos dirigentes), disponibilidade de recursos humanos e logístico-financeiros, o entusiasmo próprio da juventude e o inevitável “factor-moda”, logo em cada universidade, faculdade, escola superior e esquina se reivindicava o direito de constituir uma nova tuna, ou várias. Um exemplo paradigmático da dimensão do fenómeno tunante foi o grande sucesso do programa “Eferreá”, na RTP1, e a entrada de algumas músicas do repertório dito tunante para o cancioneiro popular. Os certames de tunas de cariz competitivo - normalmente designados por festivais - multiplicaram-se e, desde então, o seu número tem sempre aumentado (em contraste com o que acontece com o número efectivo de tunas em actividade, mas já lá vamos) devido ao facto de outras entidades como Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Associações de Estudantes, Comissões de Festa, etc. terem entretanto também tomado a iniciativa de organizar estes eventos, não raramente com resultados próximos do desastroso.

Como habitualmente acontece com as modas, e devido a uma conjuntura de circunstâncias que ocorreram no final dos anos 90 e a partir do novo milénio, muitas tunas foram-se extinguindo, enquanto que muitas novas surgiam numa tentativa de aproveitar o espaço deixado, para logo também desaparecerem ou tornarem cronicamente moribundas (com algumas honrosas excepções). A diminuição do número de alunos no ensino superior e os problemas financeiros que muitas universidades têm vindo a atravessar são muitas vezes apontados como os principais factores que ditaram a insustentabilidade de muitos projectos tunantes. Outra razão muitas vezes avançada para explicar este fenómeno é o aumento da distância cultural entre os alunos que integram hoje a faculdade e os académicos da velha guarda, patente nos primeiros pelo menor (ou inexistente) gosto pela tertúlia, boémia, actividades académicas e, pasme-se, falta de voz crítica e capacidade de luta, mesmo em questões que lhes dizem directamente respeito, como é o caso das políticas do ensino superior. Note-se que o facto destes dessensibilizados alunos assistirem aos concertos das Semanas do Caloiro e Semanas Académicas (agora denominadas em Vila Real por Queimas das Fitas, por razões por mim desconhecidas) não é, de maneira nenhuma, indicativo de qualquer gosto pelas actividades académicas, pois esses concertos apresentam-se hoje cada vez mais desvirtuados e descaracterizados, diferindo em muito pouco dos mais mundanos festivais de rock futricas. Assim, e como seria de esperar, não só as tunas mas todos os grupos culturais académicos (coros, companhias de teatro, grupos de fado, ranchos folclóricos, grupos de danças tradicionais, etc.) sofrem os efeitos da falta de interesse generalizada dos novos alunos pela cultura genuinamente portuguesa, talvez em parte consequência da globalização, mas certamente em muito devido à crescente e provinciana recusa e alienação de tudo que é tipicamente português.

Mas nem tudo é mau. Em algumas academias, houve espaço, condições e/ou engenho que possibilitaram o crescimento e significativa evolução qualitativa de alguns destes agrupamentos musicais académicos, o que em muito contribuiu para a dignificação do movimento tunante e das tunas como importantes representantes e divulgadores da cultura portuguesa. Muitas destas tunas de referência participaram já (e continuarão a participar) no nosso “Festa Ibérica”. Também nas academias insulares - um contexto académico muito sui generis - estes grupos tem vindo a prosperar, embora em número constante.

Hoje, em muitas academias, as tunas começam a tornar-se um último baluarte (e reservatório) da tradição académica. No entanto, nunca tal foi por estas reivindicado, já que o mundo tunante, embora visceralmente académico, não se esgota nessa sua dimensão. Isto tem acontecido, de modo curioso, paralelamente a uma evolução e diversificação das diferentes posturas das tunas, relativamente à sua relação com a praxe e academismo, havendo toda um espectro de posições neste campo.

A 10 de Abril e pela mão de Pedro Santos, a revista "Visão" dedicou uma breve reportagem sobre o actual contexto das tunas num mundo universitário em mudança. Embora os temas não sejam muito aprofundados, destaque-se que, após um longo período em que as tunas foram erroneamente associadas a copos e praxes violentas, ou estereotipadas por intermédio de ignorante preconceito (um pleonasmo, já sei, mas não resisti), surja uma reportagem que aborde algumas questões de fundo relacionadas com o mundo tunante e actuais desafios, sob uma perspectiva sociológica e no actual contexto de reformulação do ensino superior. Um dos mais importantes temas abordados é o facto de se encontrarem registadas no portal Portugaltunas (www.portugaltunas.com) cerca de 340(!) tunas em todo o país, mas o seu número real ser certamente bastante mais baixo, devido à extinção de muitos destes grupos.

Que desafios encontram hoje as tunas como movimento? Para além dos antigos como o preconceito ou a falta de apoios, acresça-se o Processo de Bolonha, a diminuição do número de estudantes no ensino superior, a perda dos ideais académicos e descaracterização daquilo que é o aluno universitário.

Reagindo ao estado de estagnação do movimento tunante e contrariando o anterior paradigma de “cada escola, sua tuna”, surgiram nesta última década novos e valorosos projectos de maior representatividade (ao nível da Academia ou Cidade/Distrito), encabeçados por antigos elementos de várias outras tunas - e muitos já licenciados - ou mesmo da fusão de vários destes grupos (o que poderá explicar, até certo ponto, a diminuição no número total de tunas), reunindo experiência, know-how e maior cultura académica e musical. São disso exemplo a Tuna Universitária de Beja, a Tuna Académica de Enfermagem do Porto ou a Castra Leuca de Castelo Branco, entre várias outras. Diferentes destas na génese e propósito, começam também agora a surgir projectos como a Tuna do Distrito Universitário do Porto, maioritariamente constituídas por licenciados, de proveniência académica e geográfica diversas e com superior cultura musical e humana, enriquecendo ainda mais este movimento. Menos recente, com diferente natureza e objectivos, mas com potencial para um significativo acréscimo em número e relevância no panorama tunante português (estando neste momento algumas em projecto), é o surgimento das tunas de veteranos, das quais a Tuna Veterana do Porto ou a Tuna de Veteranos de Viana são exemplo.

Em jeito de conclusão, é inegável que o movimento tunante - hoje em franca maturação - se tem vindo a afirmar, contra todas as adversidades, como uma referência ímpar e incontornável desta colorida paleta que é a cultura portuguesa.

Alegria, tuna!

PS – Ah! E Muitos Parabéns, TAUTAD!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Foto Panorâmica do Pikenikão

Já que ninguém se chega à frente com fotos do festival, aproveito para vos mostrar uma foto panorâmica espectacular que tirei no pikenikão deste ano...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Festa Ibérica - (um)a reportagem!

Mais vale tarde que nunca.
Desistindo (provisoriamente) de adicionar fotos do VII Festa Ibérica (Pitta, despacha-te lá com isso) com a reportagem, escrevo primeiro esta e depois ilustro-a quando puder.
Antes de mais, gostava de esclarecer que esta é a MINHA visão do que foi este "Festa", não reflectindo necessariamente a opinião da organização.

Celebrou-se - nos míticos dias de 2 e 3 de Maio - mais uma edição do Festa Ibérica, desta feita a sétima. E não ficou este excelsamente organizado evento muito longe de ser absolutamente mágico. A festa começou no dia 1, com o típico repasto de recepção às tunas - logo seguido da inevitável diversão nocturna - e só acabou quando raiou a madrugada do dia 4, na "rave-arraialada" ao ar livre com vista para as lindas margens do Corgo.
À semelhança do ano anterior, a arruada ("Passa-calles") decorreu no centro comercial "Dolce Vita", tendo a maior parte das tunas mostrado grande animação e espírito académico, com salvaguarda de duas delas, que acabaram por boicotar deliberadamente a iniciativa (assim como outras). Nada que já não tivessem feito antes, noutros momentos e latitudes. Isto acontece quando há grupos que consideram que um Festival de três/quatro dias, dedicadamente organizado durante meses, com um grande orçamento e obrigações perante os seus mecenas se resume a 30 minutos em palco. É lamentável, sem dúvida, mas felizmente estes grupos não constituem a regra.
Como é tradição, realizou-se também no Sábado a Mega-Churrascada para todas as tunas, no complexo à beira-rio de Codessais (nada de trocadilhos foleiros com o nome, ok?), promovendo o convívio entre todos os participantes.


No que diz respeito ao espectáculo propriamente dito, mais uma vez o magnífico Teatro de Vila Real não chegou para todos que queriam assistir ao Festival (até porque todos os bilhetes estavam já há muito vendidos para os dois dias de espectáculo), com um público que se mostrou apoiante indefectível das tunas, e irredutível nos seus lugares até ao último minuto. Confesso que poderei estar enganado no que diz respeito à ordem de actuação de cada uma das tunas, por isso desculpem qualquer coisita.


No dia 2, e após a sempre animada e sui generis apresentação do incontornável Grupo de Animados e Irresistíveis Jograis Universitários Sequiosos (os G.A.I.J.U.S., na sua mais improvisada actuação de sempre, mas sempre ao seu nível), a Transmontuna inaugurou o palco, com os temas "Festa Ibérica" - instrumental que deu nome ao festival - e "Eterna Cidade", ambos originais. Logo se viu que este era um público que não necessitava de grande "aquecimento", dado o calor com que recebeu os anfitriões deste certame.

Logo de seguida, a Afonsina apresentou-se com grande irreverência e animação, com um repertório bastante original e grande harmonia vocal e instrumental. De seguida, a Tuna da Universidade Lusíada mostrou estar encarreirada no sentido de recuperar a sua antiga forma, com uma prestação bastante conseguida. Após o intervalo, mais uma tuna a concurso em palco, desta feita a Tuna Universitária do Porto, que dispensa apresentações. Após uma actuação de grande qualidade, com um repertório nostálgico, emotivo, eclético e já sobejamente conhecido na esfera tunante, o público rendeu-se à sua prestação, aplaudindo de pé.

No dia 3, a Tuna de Farmácia de Lisboa inaugurou o palco com uma actuação muito bem conseguida, animada e irreverente ("Ai, Sr. Doutor..."), logo seguidos dos Tunídeos, que uma vez mais fizeram intercalar da melhor maneira a parte musical da sua actuação com a componente cénica, desta feita evocando as célebres aventuras de Astérix, com a sempre peculiar visão "Tunidiesca". Uma actuação plena de originalidade, cor, ritmo, humor e qualidade musical. Destaque-se o novo arranjo de uma das "velhinhas", a canção "O Mar".
Após o intervalo, actuou a Magna Cartola de Aveiro, desfilando temas já sobejamente conhecidos, com as suas orquestrações, coreografias e arranjos vocais muito peculiares, que fizeram as delícias do público. De seguida, a Desertuna, veio mostrar porque é actualmente - na minha modesta opinião - uma das melhores e mais originais tunas do país, com uma actuação plena de ritmo, cor, originalidade, boa disposição e com momentos simplesmente épicos. Destaque para o tema "Adamastor".

A noite terminou com a tuna da casa naquela que foi, sem sombra de dúvida, uma actuação qe nos marcará para sempre. Em memória da flamejante vida da Nádia, dedicamos-lhe a música que nos encantava ouvi-la cantar: a "Chuva". Ao invés de sermos excessivamente dramáticos e pesarosos, decidimos que celebraríamos e honraríamos melhor a sua memória com um momento sentido, emotivo mas, e acima de tudo, genuíno.
A actuação lentamente cresceu, em termos ritmícos e anímicos, com "Festa Ibérica", "Malagueña", "Oh, pareciam coentros mas afinal é...Salsa"(estreia absolutíssima, com uma semana de ensaio) e o nosso "Hino da Transmontuna".
Para quem se interessa por estas coisas, cá ficam os prémios:


Melhor Tuna: Tunídeos
2ª Melhor Tuna: Tuna Universitária do Porto
3ª Melhor Tuna: Magna Tuna Cartola de Aveiro
Melhor Solista: Tuna Universitária do Porto
Melhor Instrumental: Tuna Universitária do Porto
Melhor Tema Original: Magna Tuna Cartola de Aveiro
Melhor Porta-Estandarte: Tunídeos
Melhor Pandeireta: Desertuna
Melhor Pasacalles :Desertuna / Tunídeos
Tuno mais Tunanteador: Delfim, ("Velho" dos Tunídeos)

E o Grande Prémio Festa Ibérica ("Tuna mais Tuna"): Tunídeos

Para o ano há mais, se Deus quiser, e os patrocinadores ajudarem!

PS - Parabéns, Delfim! És mesmo o Tuno mais Tunanteador de todos os tunos!!! Um Abraço

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ainda não me recompus. Talvez logo.

Ainda não me recompus deste VII Festa Ibérica. Não me lembro dos prémios todos, mas sei que os Tunídeos levaram para S. Miguel o "Grande Prémio Festa Ibérica" e o "Melhor Tuna", que a TUP levou o 2º Melhor Tuna e que a Cartola levou o 3º. Do resto não sei, mas talvez logo já possa dizer qualquer coisita.
Mas ainda não me recompus. Sei que gostei, que adorei, que "arranquei forte", mas ainda não consigo fazer um relato digno desse nome. Talvez logo.
Deixo-vos, contudo, com o texto do "Mestre" enviado na véspera deste evento. Lindo, no mínimo.

VII FESTA IBÉRICA - By Mestre

Arranca forte!
Mas que sorte…
Só faltam três dias de trabalho imenso
Descontando o tempo das dicas sem senso

Mudando a rotina com infinitos intentos
Diagramas, cronogramas, fotocópias e contratempos
Para que tudo no dia seja suspeito de magia
E, claro é, ser o eleito do dia

Escolher os números de maior consideração
Ser o sete ou o dez
Pintar rios ou marés

De quem é esta a ambição?
Quem nos põe à prova?
- Ser sol… e “chuva” a nossa trova!

Ainda não me recompus. Talvez logo.

domingo, 27 de abril de 2008

Falta menos de uma semana...

Pois é, falta menos de uma semana para o MELHOR Festa Ibérica DE SEMPRE!!! E sabem porque digo isto ? Por partes:

1 - Todos os anos conseguimo-nos exceder e fazer um "Festa" melhor que o anterior.

2 - Este ano o "Festa" coincide com as comemorações do X aniversário, fazemos 10 anos, temos barraquinha na Semana Académica, actividades várias e surpresas preparadas. Ou seja, quinze dias rambóia em vez de "apenas" quatro!!! Ele há festivais e FESTIVAIS!!!

3 - Os GAIJUS irão apresentar o festival (mas sem o nosso querido Soneca, infelizmente)

4 - Esperamos, mais uma vez, lotação esgotada!!!

5 - A Desertuna vem mais cedo

6 - Os Tunídeos vêm (bastante) mais cedo

7 - Os GAIJUS vão apresentar o festival! (esperem, já tinha dito isto?)

8 - O cartaz deste ano é simplesmente brutal:

Tuna Universitária do Porto - Uma das mais antigas tunas do país e, indiscutivelmente, também uma das melhores.

Magna Tuna Cartola - Polémicos, inovadores, diferentes, à parte dos demais. Independentemente das opiniões, ninguém fica indiferente a este grupo, vencedor do prémio "Melhor Tuna" na V Edição do Festa Ibérica.

Tunideos - É preciso dizer mais? Lembro que ganharam à TUP no último "Cidade Berço", em Guimarães, o que causou na altura uma grande agitação. A competição está ao rubro (se bem que ninguém cá está por causa disso)

Tuna da Universidade Lusíada do Porto - Em tempos vencedora do EFERREÁ e assim considerada a melhor tuna do país, este grupo ressurge após uma fase de alguma estagnação. Em todas as edições apostamos numa tuna. Esta é a uma grande aposta.

TAFUL - Farmácia de Lisboa vem para partir a loiça toda. Nem esperamos outra coisa. Depois de terem ganho o tuna+tuna no IX El Açor, não hesitamos em trazer esse espírito a Vila Real. "Ai Sr. Doutor...". Outra aposta neste Festa Ibérica

Desertuna - Uma lufada de ar fresco no panorama tunante português. Tive o prazer de ser júri no último FARDAS (no Porto, a 24 de Abril) onde estes rapazes da Covilhã tiveram uma prestação, no mínimo, electrizante!!!

Afonsina - Engenharia do Minho vem com grande "elan", após se ter sagrado vencedora do último FARDAS. Trazem boa disposição, qualidade e muita maluqueira. Uma das tunas que mais gostamos de ter em Vila Real. E quando se gosta, repete-se!

Um festival do outro mundo! Ah, e já disse que vai ser apresentado pelos GAIJUS?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

X ANIVERSÁRIO TRANSMONTUNA 1998-2008

Reza a lenda que a 17 de Abril de 1998, um pequeno grupo de iluminados cavalheiros idealizou aquilo que se viria a tornar a mui nobre Transmontuna - Tuna Universitária de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Muitos foram os obstáculos, desde instituições ditas académicas, passando por outros grupos congéneres (mas de outra índole, certamente), até às costumeiras invejas de circunstância.
Outros optaram por ignorar. Por insensibilidade, por "comodismo", porque custava acreditar.
No entanto, também foram muitos os amigos. Pessoas e instituições do mais alto prestígio acreditaram num projecto idóneo, porque feito da mesma matéria que os sonhos - vontade, determinação, competência, empreendedorismo, experiência - e, acima de tudo, levado a cabo por pessoas do mais alto valor humano.
Em 2002, a Transmontuna dá um passo ambicioso e torna-se Associação Cultural e Recreativa por direito próprio e vê os seus estatutos aprovados e publicados no Diário da República. Ainda nesse mítico ano, nasce a 7 e 8 de Junho o "Festa Ibérica" - Festival Internacional de Tunas Universitárias, a caminho da próxima VII edição (nos próximos dias 2 e 3 de Maio) e hoje um reputado e reconhecido certame no meio tunante nacional e incontornável evento cultural da nossa "Eterna Cidade". Mais ainda, a recém-constituída ACR vê-se enriquecida com mais uma secção: o Grupo de Animados e Irresistíveis Jograis Universitários Sequiosos (G.A.I.J.U.S.), que desde então abrilhantam este evento com a sua boa disposição e irreverência, tendo sido também convidados para repetir a proeza fora de Vila Real, em vários outros festivais.
Em 2005 o "Festa Ibérica" - então na sua IV edição - deixa a Aula Magna da UTAD e passa a tomar lugar no Teatro de Vila Real. Desde então, tem sido o espectáculo com maior assistência em cada temporada, esgotando habitualmente os ingressos vários dias antes do evento tomar lugar. Em 2006 - durante o V Festa Ibérica - é lançado o CD "IV Festa Ibérica", um sucesso que rapidamente se esgota. Em 2008, preparamo-nos para lançar um DVD, com o melhor das V e VI edições deste já mítico certame.

As comemorações começam hoje , dia 17 de Abril e compreenderão uma tripla exposição - Café Pioledo, Insónias Bar e Pip`s Bar- bem como um mega-jantar de aniversário dia 24 de Abril, e um conjunto de várias iniciativas (novo site, novo DVD, festas e actividades na Queima das Fitas) e surpresas ao longo dos dias que antecederão o VII Festa Ibérica.

Hoje fazemos 10 anos. Ultrapassados os escolhos, olhamos para trás e orgulhamo-nos do caminho trilhado. Contudo, não nos assola a nostalgia, pois o futuro vislumbra-se ainda mais brilhante, no qual tudo faremos para dar o nosso melhor pela Academia e cidade que nos acolheram como sua.

Parabéns, meus amigos.

PS - É díficil sentirmo-nos verdadeiramente felizes nas actuais circunstâncias, e principalmente porque dois de nós atravessam um período tão penoso. Soneca e Bigário: toda a nossa alegria, apoio e amizade são vossas. Todos guardaremos sempre a Nádia no nosso coração e ansiamos pela recuperação total da Isabel. Um abraço fraterno aos dois.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Festa Ibérica - A contagem decrescente


Nos dias 2 e 3 de Março, o Teatro de Vila Real engalanar-se-á para o VII Festa Ibérica - Festival Internacional de Tunas Universitárias.
Para além dos dois dias de espectáculo com a sempre motivadora componente competitiva entre as tunas, várias iniciativas tomarão lugar durante as duas semanas que antecederão o festival, articulando-se com a comemoração do X ANIVERSÁRIO DA TRANSMONTUNA - no glorioso dia de 17 de Abril - num programa bastante variado, como só uma agremiação cultural tão eclética como a nossa poderia realizar.
A qualquer momento espero poder disponibilizar aqui o programa completo das comemorações, bem como o cartaz desse grandioso evento.
Para já, fica a informação das tunas a concurso, algumas das quais entre as melhores do país.

Participarão a concurso no VII Festa Ibérica (por ordem alfabética)

Afonsina - Tuna de Engenharia da Universidade do Minho
Desertuna - Tuna Académica da Universidade da Beira Interior
Magna Tuna Cartola
TAFUL - Tuna Académica de Farmácia da Universidade de Lisboa
TAULP - Tuna Académica da Universidade Lusíada do Porto
Tuna Universitária do Porto
Tunídeos - Tuna Masculina da Universidade dos Açores

E claro, extra-concurso, a grandiosa Transmontuna - Tuna universitária de Trás-os-Montes e Alto Douro