sexta-feira, 30 de maio de 2008

Pandeiretas

Alguém vai começar a "detestar" este senhor... hehehehehehe

terça-feira, 27 de maio de 2008

A filosofia, a história da música e os G.A.I.J.U.S (ou "O porquê de um lema")

De todos estes anos que antecedem os “Festa Ibérica”, o último que passou foi especialmente rico em factos caricaturáveis, pelo que já se esperava não estar ninguém a salvo das mais que certeiras e delicadas bombas do G.A.I.J.U.S., desde as mais respeitáveis instituições (como a UTAD) às mais que duvidosas (como o Governo).
E assim foi. Não desiludimos ninguém na nossa missão de não deixar absolutamente ninguém a salvo do nosso humor (relativo), acutilância (questionável) ou inata capacidade para meter nojo (mais que consensual). Até porque, com excepção das tunas, das meninas jeitosas que trabalham no teatro, dos bilhetes baratos e da falta de novelas de jeito, são os G.A.I.J.U.S. a principal razão pela qual se enche todos os anos por esta altura o Teatro de Vila Real.
Surgiu então, durante o festival, e na voz de uma simpática senhora, um questão mais que pertinente (até porque neste caso calhava de eu saber a resposta): "Mas afinal o que significam aqueles dizeres no vosso emblema?"

As opções de resposta eram as seguintes:

opção a) "Não sei, mas é o que está escrito no fundo das garrafas de Super Bock"

opção b) "Se lhe dissesse, teria que a matar a seguir" (mas acho que ela não ia perceber a piada)

opção c) "Quer dizer: Quem conseguir ler isto é totó"

opção d) "De cariz marcadamente académico e cultural, os GAIJUS adoptaram o lema “Gaudeamus igitur iuvenes dum sumus”, que significa qualquer coisa como "Alegremo-nos, então, enquanto somos jovens", e que nada mais é do que os dois primeiros versos do mais antigo hino estudantil conhecido – “De brevitate vitae”, popularmente conhecido como “Gaudeamus Igitur”, ou simplesmente “Gaudeamus” - e cujas origens poderão remontar até ao séc XIII (ainda o Santo não tinha acabado o curso). Muita da fama deste hino deve-se ao facto de ter sido introduzida por Brahms no final triunfante da sua magistral Akademische Festouvertüre – ou “Abertura Festival Académico” (mais apropriado impossível) – composta em agradecimento pelo doutoramento honoris causa que lhe foi concedido pela Universidade de Breslau (quando a UTAD nos conceder os nossos, lá estaremos para compor uma ode à inconsciência de semelhante acto).
Este famoso hino estudantil foi escolhido como referência por reunir várias características em comum com os GAIJUS, como o facto de ser alegre, despretensioso, irónico, descarado, desbragado mas, e apesar de tudo, épico. Apesar das várias tentativas de supressão ou alteração da letra, para que pudesse ser entoado em cerimónias oficiais e litúrgicas, o hino original dá vivas pelas “jovens virgens, belas e fáceis”, mas também reconhece a importância das “mulheres maduras ternas, amáveis e laboriosas”.

Em abono da verdade, e porque estava cheio de pressa para ir apresentar a tuna seguinte, acabei por despachar a pobre senhora com um "Foi só para mostrar que aprendemos a falar latim no seminário". Se a senhora for frequentadora deste blog, deve estar neste momento a rogar-me pragas. A opção certa seria, sem dúvida, a d), mas não tinha tempo nem ciência para tanto, na altura.

Como compensação, cá fica um excerto da letra original deste hino, com uma tradução mais ou menos livre:

Gaudeamus igitur
iuvenes dum sumus
Post iucundam iuventutem
post molestam senectutem
nos habebit humus

Alegremo-nos, então
enquanto somos jovens
após a alegre juventude
Após a atribulada velhice
ter-nos-á a terra

<...>

Vivant omnes virgines
Faciles, formosae.

Vivant et mulieres

Tenerae amabiles

Bonae laboriosae
.

Vivam todas as jovens virgens
fáceis e formosas
Vivam também as mulheres maduras
ternas e amáveis
bondosas e laboriosas

<...>

Subscrevemos por inteiro, claro está, principalmente a parte das “laboriosas”, pois a nossa idade já impõe algumas restrições no exercício físico.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Fotos do VII Festa Ibérica ("off stage") e outras.

Embora as fotos do VII Festa Ibérica - e nomeadamente das noites de espectáculo e do "passa-calles" - ainda não me tenha chegado às mãos, aqui vos deixo alguns momentos do Festa Ibérica fora dos palcos (mas incluindo o ensaio geral da Transmontuna), misturado com algumas imagens da última deslocação ao Porto ("I LEIS E TUNAS").

terça-feira, 20 de maio de 2008

Azeitónices!

Palavras para quê? é um artista português!

"A Tocha Gaijulímpica" - Director's Cut

Ora viva!

Depois de uma realização atribulada, por motivos de ordem técnico-azeitoneira, eis que chega a público, finalmente, aquilo que era para ter sido o filme de apresentação do VII Festa Ibérica.

Brevemente, não percam também a prova documental da mítica frase "Ser GAIJU não é para todos..."

Um abraço!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

E enquanto não me arranjam fotos e vídeos...

Enquanto não me arranjam (ou colocam na net) fotos e vídeos do
VII Festa Ibérica (e doa anteriores, já agora, se não for pedir muito), aqui fica a reportagem da UTADTV sobre este evento. Atentos a pormenores deliciosos como "não sendo vaidoso, realmente, mas nós blablablabla..." e outras pérolas, como a entrevista ao Azeitóna!

Uma viagem no tempo

Enquanto não ponho as mãos aos vídeos do VII Festa Ibérica (Já não vou falar dos vídeos do I, II, III, IV, V e VI, que ainda não vi, SEUS CABALOS), aproveito para fazer uma pequena viagem no tempo. Desta vez ao VI El Açor (2004), e ao FITFEUP "Portus calle" (da participação em 2004, da de 2002 não tenho gravação, quem tiver atravesse-se à frente).

Entrada no VI El açor:


Eterna Cidade (VI EL Açor):


Mulheres (VI El Açor):


Eterna Cidade (VI El Açor):



Grito Académico (VI El Açor):


Rosinha dos Limões (FITFEUP 2004)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A propósito de uma efeméride: 25 Anos de tunas em Portugal

A propósito do 25º Aniversário da Tuna Académica da UTAD (1983-2008), que marcou também o ressurgimento das tunas académicas em Portugal, após o 25 de Abril de 1974, aproveito para fazer um brevíssima resenha histórica do movimento tunante em Portugal, tecendo também algumas considerações sobre o seu actual lugar no actual contexto social e académico .

“AS TUNAS NO PÓS-25 DE ABRIL: DO RESSURGIMENTO DE UMA TRADIÇÃO À GÉNESE DE UM MOVIMENTO“

Directamente inspiradas nas bem mais antigas suas congéneres espanholas, as tunas académicas surgiram em Portugal no final do séc. XIX, nomeadamente no Porto, Coimbra e Lisboa. Com um repertório eclético e marcadamente clássico, fizeram várias digressões pelo país e por Espanha. Embora a sua história não esteja documentada ao pormenor, sabe-se que houve períodos de intermitência na sua actividade, o que não é de estranhar se considerarmos as conturbações do século XX em Portugal e no Mundo.

Um período negro para as tunas, assim como para toda a tradição académica, ocorreu durante os anos de maior constestação ao antigo regime nas universidades. Acusados de elitistas e de apoiantes do Estado-Novo, os académicos foram injustamente perseguidos (e inclusivamente agredidos) durante os quentes anos pós-revolucionários, o que teve uma influência directa na actividade e sobrevivência dos grupos académicos.
No entanto, lentamente, as tradições académicas começaram a ressurgir e, sobretudo no norte do país (com especial destaque para a academia portuense) - alguns alunos começaram novamente a envergar orgulhosamente o traje académico e as respectivas associações académicas iniciaram ou retomaram a sua actividade. No dia 11 de Maio de 1983, nasce a Tuna Académica da UTAD, depois seguida - temporalmente, mas não a nível causal - a Tuna Universitária do Porto, Estudantina de Coimbra (na altura, a única masculina) - estas duas inspiradas por grupos homólogos das suas academias mas entretanto extintos - e Tuna da Universidade Internacional (Lisboa). Inesperadamente, dá-se um surpreendente boom no decorrer dos anos 90, durante os quais são fundadas a grande maioria das tunas actualmente existentes, bem como muitas outras entretanto extintas. Nesta década começaram as tunas a definir de modo individual a sua identidade musical, começando também a definir-se as ditas correntes estilísticas tunantes. Surgiram ainda as tunas femininas, criadas de raíz ou resultantes da reestruturação de tunas mistas, como aconteceu, aliás, com algumas das actuais tunas masculinas.

Com a crescente massificação do acesso ao ensino superior, o surgimento de novas universidades privadas (e o apoio dos seus órgãos dirigentes), disponibilidade de recursos humanos e logístico-financeiros, o entusiasmo próprio da juventude e o inevitável “factor-moda”, logo em cada universidade, faculdade, escola superior e esquina se reivindicava o direito de constituir uma nova tuna, ou várias. Um exemplo paradigmático da dimensão do fenómeno tunante foi o grande sucesso do programa “Eferreá”, na RTP1, e a entrada de algumas músicas do repertório dito tunante para o cancioneiro popular. Os certames de tunas de cariz competitivo - normalmente designados por festivais - multiplicaram-se e, desde então, o seu número tem sempre aumentado (em contraste com o que acontece com o número efectivo de tunas em actividade, mas já lá vamos) devido ao facto de outras entidades como Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Associações de Estudantes, Comissões de Festa, etc. terem entretanto também tomado a iniciativa de organizar estes eventos, não raramente com resultados próximos do desastroso.

Como habitualmente acontece com as modas, e devido a uma conjuntura de circunstâncias que ocorreram no final dos anos 90 e a partir do novo milénio, muitas tunas foram-se extinguindo, enquanto que muitas novas surgiam numa tentativa de aproveitar o espaço deixado, para logo também desaparecerem ou tornarem cronicamente moribundas (com algumas honrosas excepções). A diminuição do número de alunos no ensino superior e os problemas financeiros que muitas universidades têm vindo a atravessar são muitas vezes apontados como os principais factores que ditaram a insustentabilidade de muitos projectos tunantes. Outra razão muitas vezes avançada para explicar este fenómeno é o aumento da distância cultural entre os alunos que integram hoje a faculdade e os académicos da velha guarda, patente nos primeiros pelo menor (ou inexistente) gosto pela tertúlia, boémia, actividades académicas e, pasme-se, falta de voz crítica e capacidade de luta, mesmo em questões que lhes dizem directamente respeito, como é o caso das políticas do ensino superior. Note-se que o facto destes dessensibilizados alunos assistirem aos concertos das Semanas do Caloiro e Semanas Académicas (agora denominadas em Vila Real por Queimas das Fitas, por razões por mim desconhecidas) não é, de maneira nenhuma, indicativo de qualquer gosto pelas actividades académicas, pois esses concertos apresentam-se hoje cada vez mais desvirtuados e descaracterizados, diferindo em muito pouco dos mais mundanos festivais de rock futricas. Assim, e como seria de esperar, não só as tunas mas todos os grupos culturais académicos (coros, companhias de teatro, grupos de fado, ranchos folclóricos, grupos de danças tradicionais, etc.) sofrem os efeitos da falta de interesse generalizada dos novos alunos pela cultura genuinamente portuguesa, talvez em parte consequência da globalização, mas certamente em muito devido à crescente e provinciana recusa e alienação de tudo que é tipicamente português.

Mas nem tudo é mau. Em algumas academias, houve espaço, condições e/ou engenho que possibilitaram o crescimento e significativa evolução qualitativa de alguns destes agrupamentos musicais académicos, o que em muito contribuiu para a dignificação do movimento tunante e das tunas como importantes representantes e divulgadores da cultura portuguesa. Muitas destas tunas de referência participaram já (e continuarão a participar) no nosso “Festa Ibérica”. Também nas academias insulares - um contexto académico muito sui generis - estes grupos tem vindo a prosperar, embora em número constante.

Hoje, em muitas academias, as tunas começam a tornar-se um último baluarte (e reservatório) da tradição académica. No entanto, nunca tal foi por estas reivindicado, já que o mundo tunante, embora visceralmente académico, não se esgota nessa sua dimensão. Isto tem acontecido, de modo curioso, paralelamente a uma evolução e diversificação das diferentes posturas das tunas, relativamente à sua relação com a praxe e academismo, havendo toda um espectro de posições neste campo.

A 10 de Abril e pela mão de Pedro Santos, a revista "Visão" dedicou uma breve reportagem sobre o actual contexto das tunas num mundo universitário em mudança. Embora os temas não sejam muito aprofundados, destaque-se que, após um longo período em que as tunas foram erroneamente associadas a copos e praxes violentas, ou estereotipadas por intermédio de ignorante preconceito (um pleonasmo, já sei, mas não resisti), surja uma reportagem que aborde algumas questões de fundo relacionadas com o mundo tunante e actuais desafios, sob uma perspectiva sociológica e no actual contexto de reformulação do ensino superior. Um dos mais importantes temas abordados é o facto de se encontrarem registadas no portal Portugaltunas (www.portugaltunas.com) cerca de 340(!) tunas em todo o país, mas o seu número real ser certamente bastante mais baixo, devido à extinção de muitos destes grupos.

Que desafios encontram hoje as tunas como movimento? Para além dos antigos como o preconceito ou a falta de apoios, acresça-se o Processo de Bolonha, a diminuição do número de estudantes no ensino superior, a perda dos ideais académicos e descaracterização daquilo que é o aluno universitário.

Reagindo ao estado de estagnação do movimento tunante e contrariando o anterior paradigma de “cada escola, sua tuna”, surgiram nesta última década novos e valorosos projectos de maior representatividade (ao nível da Academia ou Cidade/Distrito), encabeçados por antigos elementos de várias outras tunas - e muitos já licenciados - ou mesmo da fusão de vários destes grupos (o que poderá explicar, até certo ponto, a diminuição no número total de tunas), reunindo experiência, know-how e maior cultura académica e musical. São disso exemplo a Tuna Universitária de Beja, a Tuna Académica de Enfermagem do Porto ou a Castra Leuca de Castelo Branco, entre várias outras. Diferentes destas na génese e propósito, começam também agora a surgir projectos como a Tuna do Distrito Universitário do Porto, maioritariamente constituídas por licenciados, de proveniência académica e geográfica diversas e com superior cultura musical e humana, enriquecendo ainda mais este movimento. Menos recente, com diferente natureza e objectivos, mas com potencial para um significativo acréscimo em número e relevância no panorama tunante português (estando neste momento algumas em projecto), é o surgimento das tunas de veteranos, das quais a Tuna Veterana do Porto ou a Tuna de Veteranos de Viana são exemplo.

Em jeito de conclusão, é inegável que o movimento tunante - hoje em franca maturação - se tem vindo a afirmar, contra todas as adversidades, como uma referência ímpar e incontornável desta colorida paleta que é a cultura portuguesa.

Alegria, tuna!

PS – Ah! E Muitos Parabéns, TAUTAD!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Foto Panorâmica do Pikenikão

Já que ninguém se chega à frente com fotos do festival, aproveito para vos mostrar uma foto panorâmica espectacular que tirei no pikenikão deste ano...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Festa Ibérica - (um)a reportagem!

Mais vale tarde que nunca.
Desistindo (provisoriamente) de adicionar fotos do VII Festa Ibérica (Pitta, despacha-te lá com isso) com a reportagem, escrevo primeiro esta e depois ilustro-a quando puder.
Antes de mais, gostava de esclarecer que esta é a MINHA visão do que foi este "Festa", não reflectindo necessariamente a opinião da organização.

Celebrou-se - nos míticos dias de 2 e 3 de Maio - mais uma edição do Festa Ibérica, desta feita a sétima. E não ficou este excelsamente organizado evento muito longe de ser absolutamente mágico. A festa começou no dia 1, com o típico repasto de recepção às tunas - logo seguido da inevitável diversão nocturna - e só acabou quando raiou a madrugada do dia 4, na "rave-arraialada" ao ar livre com vista para as lindas margens do Corgo.
À semelhança do ano anterior, a arruada ("Passa-calles") decorreu no centro comercial "Dolce Vita", tendo a maior parte das tunas mostrado grande animação e espírito académico, com salvaguarda de duas delas, que acabaram por boicotar deliberadamente a iniciativa (assim como outras). Nada que já não tivessem feito antes, noutros momentos e latitudes. Isto acontece quando há grupos que consideram que um Festival de três/quatro dias, dedicadamente organizado durante meses, com um grande orçamento e obrigações perante os seus mecenas se resume a 30 minutos em palco. É lamentável, sem dúvida, mas felizmente estes grupos não constituem a regra.
Como é tradição, realizou-se também no Sábado a Mega-Churrascada para todas as tunas, no complexo à beira-rio de Codessais (nada de trocadilhos foleiros com o nome, ok?), promovendo o convívio entre todos os participantes.


No que diz respeito ao espectáculo propriamente dito, mais uma vez o magnífico Teatro de Vila Real não chegou para todos que queriam assistir ao Festival (até porque todos os bilhetes estavam já há muito vendidos para os dois dias de espectáculo), com um público que se mostrou apoiante indefectível das tunas, e irredutível nos seus lugares até ao último minuto. Confesso que poderei estar enganado no que diz respeito à ordem de actuação de cada uma das tunas, por isso desculpem qualquer coisita.


No dia 2, e após a sempre animada e sui generis apresentação do incontornável Grupo de Animados e Irresistíveis Jograis Universitários Sequiosos (os G.A.I.J.U.S., na sua mais improvisada actuação de sempre, mas sempre ao seu nível), a Transmontuna inaugurou o palco, com os temas "Festa Ibérica" - instrumental que deu nome ao festival - e "Eterna Cidade", ambos originais. Logo se viu que este era um público que não necessitava de grande "aquecimento", dado o calor com que recebeu os anfitriões deste certame.

Logo de seguida, a Afonsina apresentou-se com grande irreverência e animação, com um repertório bastante original e grande harmonia vocal e instrumental. De seguida, a Tuna da Universidade Lusíada mostrou estar encarreirada no sentido de recuperar a sua antiga forma, com uma prestação bastante conseguida. Após o intervalo, mais uma tuna a concurso em palco, desta feita a Tuna Universitária do Porto, que dispensa apresentações. Após uma actuação de grande qualidade, com um repertório nostálgico, emotivo, eclético e já sobejamente conhecido na esfera tunante, o público rendeu-se à sua prestação, aplaudindo de pé.

No dia 3, a Tuna de Farmácia de Lisboa inaugurou o palco com uma actuação muito bem conseguida, animada e irreverente ("Ai, Sr. Doutor..."), logo seguidos dos Tunídeos, que uma vez mais fizeram intercalar da melhor maneira a parte musical da sua actuação com a componente cénica, desta feita evocando as célebres aventuras de Astérix, com a sempre peculiar visão "Tunidiesca". Uma actuação plena de originalidade, cor, ritmo, humor e qualidade musical. Destaque-se o novo arranjo de uma das "velhinhas", a canção "O Mar".
Após o intervalo, actuou a Magna Cartola de Aveiro, desfilando temas já sobejamente conhecidos, com as suas orquestrações, coreografias e arranjos vocais muito peculiares, que fizeram as delícias do público. De seguida, a Desertuna, veio mostrar porque é actualmente - na minha modesta opinião - uma das melhores e mais originais tunas do país, com uma actuação plena de ritmo, cor, originalidade, boa disposição e com momentos simplesmente épicos. Destaque para o tema "Adamastor".

A noite terminou com a tuna da casa naquela que foi, sem sombra de dúvida, uma actuação qe nos marcará para sempre. Em memória da flamejante vida da Nádia, dedicamos-lhe a música que nos encantava ouvi-la cantar: a "Chuva". Ao invés de sermos excessivamente dramáticos e pesarosos, decidimos que celebraríamos e honraríamos melhor a sua memória com um momento sentido, emotivo mas, e acima de tudo, genuíno.
A actuação lentamente cresceu, em termos ritmícos e anímicos, com "Festa Ibérica", "Malagueña", "Oh, pareciam coentros mas afinal é...Salsa"(estreia absolutíssima, com uma semana de ensaio) e o nosso "Hino da Transmontuna".
Para quem se interessa por estas coisas, cá ficam os prémios:


Melhor Tuna: Tunídeos
2ª Melhor Tuna: Tuna Universitária do Porto
3ª Melhor Tuna: Magna Tuna Cartola de Aveiro
Melhor Solista: Tuna Universitária do Porto
Melhor Instrumental: Tuna Universitária do Porto
Melhor Tema Original: Magna Tuna Cartola de Aveiro
Melhor Porta-Estandarte: Tunídeos
Melhor Pandeireta: Desertuna
Melhor Pasacalles :Desertuna / Tunídeos
Tuno mais Tunanteador: Delfim, ("Velho" dos Tunídeos)

E o Grande Prémio Festa Ibérica ("Tuna mais Tuna"): Tunídeos

Para o ano há mais, se Deus quiser, e os patrocinadores ajudarem!

PS - Parabéns, Delfim! És mesmo o Tuno mais Tunanteador de todos os tunos!!! Um Abraço

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ainda não me recompus. Talvez logo.

Ainda não me recompus deste VII Festa Ibérica. Não me lembro dos prémios todos, mas sei que os Tunídeos levaram para S. Miguel o "Grande Prémio Festa Ibérica" e o "Melhor Tuna", que a TUP levou o 2º Melhor Tuna e que a Cartola levou o 3º. Do resto não sei, mas talvez logo já possa dizer qualquer coisita.
Mas ainda não me recompus. Sei que gostei, que adorei, que "arranquei forte", mas ainda não consigo fazer um relato digno desse nome. Talvez logo.
Deixo-vos, contudo, com o texto do "Mestre" enviado na véspera deste evento. Lindo, no mínimo.

VII FESTA IBÉRICA - By Mestre

Arranca forte!
Mas que sorte…
Só faltam três dias de trabalho imenso
Descontando o tempo das dicas sem senso

Mudando a rotina com infinitos intentos
Diagramas, cronogramas, fotocópias e contratempos
Para que tudo no dia seja suspeito de magia
E, claro é, ser o eleito do dia

Escolher os números de maior consideração
Ser o sete ou o dez
Pintar rios ou marés

De quem é esta a ambição?
Quem nos põe à prova?
- Ser sol… e “chuva” a nossa trova!

Ainda não me recompus. Talvez logo.