terça-feira, 13 de outubro de 2009

Praxe-se, então!

Numa altura onde algumas vozes se erguem contra a praxe, nada como exercer o direito ao contraditório, mas na voz dos caloiros. Assim sendo, fiquem com um relato na primeira pessoa de uma caloira, publicada n`"O Informativo", em Novembro de 2007 (original aqui):

"Todos os anos, é enorme o número de novos alunos que entram na UTAD. Chamam-lhescaloiros e são eles que “sofrem” as tão faladas praxes. Mas anal, o que é ser caloiro? O que é ser praxado? Para mim, que estou cá apenas há um mês, a praxe funcionou como uma forma de integração e familiarização com a cidade, com a universidade e com os colegas de curso, não só caloiros (como eu), mas também mais velhos. E a esses sim, devemos muito pelo facto de se preocuparem connosco e com o nosso bem-estar. A verdade é que a maioria dos caloiros tem que abandonar o seu lar, o que torna o processo de adaptação ao novo modo de vida mais difícil. Quando cá cheguei pela primeira vez, não conhecia nada nem ninguém, mas agora já não é assim. Posso dizer que quase me sinto em casa e que o devo aos meus doutores, mestres e excelências. E de que forma é que isso foi possível? Pois bem, são as tais ditas praxes que nos ajudam a criar laços e a encontrar apoio sempre que necessário. É desta forma que, com o passar do tempo, vamos fazer deste grupo a nossa nova família e deste espaço a nossa nova casa.
Surge-nos uma nova realidade, à qual não podemos nem devemos fugir. Temos responsabilidades acrescidas e não nos podemos esquecer que, a partir daqui, cada decisão que tomamos tem de ser devidamente pensada e ponderada. Apesar de ser difícil estar longe da família e dos amigos que deixámos, não nos podemos esquecer que, se estamos aqui, é porque queremos ter um futuro com o qual sonhamos. E como tudo na vida é feito de obstáculos, este é mais um que temos que superar. “Caloiros, aproveitem este primeiro ano ao máximo. Ele é vosso! Estes momentos não se tornarão a repetir e vocês jamais se esquecerão deles”. Foi assim que nos elucidaram para a nossa entrada na vida académica e é esse conselho que tenho seguido. Tenho-me divertido bastante desde que cá cheguei e devo-o a todos aqueles que se esforçam por nos integrarem. São estes momentos que gostava de repetir um dia mais tarde, mas que só poderei relembrar. E assim o farei, vezes e vezes sem conta...Vida de caloiro é alegria, diversão e entusiasmo!"
Ana Margarida Afonso
Aluna 1º ano Ciências da Comunicação

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